A compaixão por todos os seres
Tinha ele (o Buda) atingido o último grau de perfeição neste mundo, o estado Nirvânico em que toda a tristeza e todo o sofrimento são deixados para trás, e o ser mergulha na bem-aventurança plena do Ser Universal, quando viu um mosquito a ser devorado por um morcego. Então, palpitou de misericórdia o seu coração tão nobre e compassivo e, detendo-se, no limiar do Nirvana, refletiu: “Não, a perfeição final que eu julgara ter alcançado, a universalidade de ser que eu julgara ter alcançado não estão ainda completas. Nem o estarão nunca enquanto houver um único ser – ainda que um simples mosquito – perdido na dor e na ignorância, distante da meta da sua própria perfeição. Nenhum ser pode alcançar sozinho a salvação e a bem-aventurança; esta só estará imaculada, quanto todos os seres lhe tiverem acedido, recuperando a plena consciência da Unidade do Ser”. Serenamente, decidiu o Iluminado permanecer em contato com a humanidade, e por meio dela, com as existências de todos os reinos inferiores, para ajudar todos os cansados peregrinos a subir no caminho, em direção à meta suprema. Ele, a quem os deuses e anjos serviam, renunciou ao repouso nirvânico, que tinha merecido conquistar, e escolheu... continuar a servir!
Fonte : http://www.maisbelashistoriasbudistas.com
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