domingo, 25 de novembro de 2012
O Caminho do Yoga
No caminho do Yoga, os Yamas e Niyamas são conhecidos como os Princípios Universais que alicerçam a vida do Yogi. Eles estão descritos no Yoga Sutra de Patañjali e correspondem à mais alta moral e ética para se estabelecer um estado mental que possa estar livre de toda e qualquer identificação. Estes princípios são orientados de forma que o praticando possa ter uma conduta externa (Yama) em relação a vida de pleno respeito e integridade e uma atitude interna (Niyama) que possa acolher a mais elevada percepção do Ser Real.
YAMA :
AHIMSA = não violência
SATYA = veracidade
ASTEYA = não roubar
BRAHMACHARYA = celibato
APARIGRAHA = não possessividade
NIYAMA:
SAUCHA = pureza
SANTOSHA = contentamento
TAPAS = auto-esforço/ perseverança
SVADYAYA = auto estudo
ISHVARA PRANIDHANA = entrega ao absoluto.
Os Yamas correspondem ao desenvolvimento de uma conduta moral sadia, capaz de evitar toda e qualquer dor a quem quer que seja. Yama, em sânscrito significa morte, ou seja deixar morrer tudo o que em nós se torne obstáculo para atingir a consciência.
AHIMSA, não violência, é estabelecer uma vida de benevolência e respeito por todas as formas de vida. O mestre Iyengar diz que quando Ahimsa termina, começa Satya que é a veracidade, o viver comprometido com a Verdade. Uma vida sustentada na Verdade desperta Asteya, não cobiçar o que não lhe pertence. Esta ausência de desejo naturalmente gera Brahmacharya, que é uma vida simples com domínio das energias corpóreas. Brahmacharya significa caminhar com Brahma, e para tanto, o estado de domínio das paixões deve ter sido conquistado e o vigor e a vitalidade despertado. Com isso surge a compreensão do que é essencial à vida e naturalmente Aparigraha, a não possessividade surge como um instrumento de libertação.
Os Niyamas correspondem aos aspectos internos que necessitam ser desenvolvidos na senda de retorno, o caminho à consciência. Caracterizam o florescimento das virtudes da alma e despertam nossa natureza real.
Saucha é a pureza; purificar significa intensificar os componentes de vibrações mais sutis no corpo e na mente. Quando Saucha acontece, desperta Santosha, que é um estado de contentamento livre de qualquer expectativa pessoal. A Bhagavad Gita II-38 nos faz reconhecer a importância de Santosha quando diz: “ Com a mente tranqüila aceita por igual o prazer e a dor, a vitória e a derrota, o ganho e a perda…” Este é o deleite de uma mente livre de expectativas, banhada de gratidão com qualquer resultado. Com isso surge Tapas, vigor interno produzido pelo auto esforço e perseverança. É pelo poder de Tapas que queimamos as impurezas internas e nos tornamos aptos a seguir a senda sem medo ou vacilação. A Vontade, atributo sagrado para o caminhante, é desenvolvida pela prática de Tapas. Com isso desperta a necessidade do auto conhecimento –Svadhyaya, que é a gloriosa visão da realidade das coisas, da compreensão do Eu Real, que amadurece após muito trabalho interno. Quando a real visão surge como fruto de Svadhyay a, então naturalmente desabrocha a Entrega ao Absoluto – Ishvara Pranidhana, como uma benção para o caminhante. Não há caminho a seguir sem a visão focada aonde chegar. O Absoluto é a meta para o Yogi.
Por Maria Laura Packer
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